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UMinho assinalou Dia da Segurança com foco na saúde mental e prevenção de riscos laborais

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UMinho assinalou Dia da Segurança com foco na saúde mental e prevenção de riscos laborais

Ana Marques ⠿ 07-05-2025 14:00

A Universidade do Minho (UMinho) celebrou, no dia 5 de maio, o Dia da Segurança com um programa diversificado centrado na promoção do bem-estar, da saúde mental e da segurança no local de trabalho. A iniciativa decorreu no campus de Gualtar, em Braga, e contou com palestras e rastreios de saúde gratuitos, promovendo uma cultura ativa de prevenção.

Na sessão de abertura, o pró-reitor para o Desenvolvimento Sustentável e Planeamento dos Campi, Miguel Bandeira, sublinhou a importância de consolidar uma cultura de segurança na Universidade, apelando à responsabilidade partilhada entre todos os membros da comunidade académica. “A segurança no trabalho não pode ser vista apenas como um cumprimento legal, mas como um compromisso ético com o bem-estar coletivo e com a sustentabilidade institucional”, afirmou.

O primeiro painel, intitulado “Teletrabalho e bem-estar: transformações no mundo laboral e implicações para trabalhadores e organizações”, ficou a cargo das professoras Ana Veloso e Isabel Silva, da Escola de Psicologia e do CICS.NOVA.UMinho. As investigadoras abordaram os impactos do teletrabalho na saúde mental e no equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, com base em estudos recentes. Alertaram para os riscos de isolamento, burnout e falta de limites horários, sublinhando a importância de as organizações adotarem práticas que promovam a autonomia, a confiança e o apoio psicossocial.

Ana Veloso destacou a importância de compreender as nuances do teletrabalho e como ele pode impactar a vida dos trabalhadores. “Estar em teletrabalho não significa estar disponível 24 horas. É fundamental que as organizações reconheçam que o equilíbrio entre vida pessoal e profissional deve ser respeitado, mesmo quando o trabalho é realizado à distância”, referiu. A investigadora salientou ainda que a flexibilidade não pode ser confundida com falta de estrutura, apontando para a necessidade de criar ambientes de trabalho saudáveis, independentemente do local onde se exerce a atividade.

Isabel Silva apresentou os resultados de um estudo recente que avaliou a experiência dos trabalhadores em regime de teletrabalho. A investigadora destacou a importância do envolvimento dos trabalhadores no processo de definição de políticas de teletrabalho, afirmando que “uma abordagem participativa permite que os colaboradores expressem as suas preocupações e necessidades, contribuindo para a criação de estratégias mais inclusivas e eficazes”. Mencionou, ainda, a dificuldade que muitos trabalhadores sentem em separar a vida pessoal da vida profissional quando trabalham a partir de casa. “O teletrabalho exige grande disciplina, mas também uma supervisão adequada que respeite o espaço e o tempo dos trabalhadores”, acrescentou.

Seguiu-se a palestra “Riscos e prevenção de riscos no local de trabalho”, proferida por Paulo Esteves, engenheiro e coordenador de segurança em obra no Instituto Eletrotécnico Português. A intervenção destacou que os riscos laborais não se limitam às grandes obras ou ambientes industriais, estando presentes também em escritórios, laboratórios e tarefas administrativas. “Até uma tarefa aparentemente inofensiva pode envolver riscos — seja pelo uso de químicos, pelo tempo excessivo ao computador ou por más posturas ergonómicas. A prevenção começa com a identificação e avaliação desses riscos”, afirmou. O engenheiro realçou ainda a importância da responsabilização coletiva, alertando que “não há tarefa urgente que justifique colocar a vida de alguém em risco”.

Durante a tarde, decorreu uma ação de rastreios de saúde gratuitos, dinamizada pela Fundação Portuguesa de Cardiologia. Foram avaliados parâmetros como a tensão arterial, glicemia, colesterol, índice de massa corporal e perímetro abdominal, além de se prestarem conselhos sobre alimentação saudável e estilos de vida.

A iniciativa foi organizada pela Unidade de Serviços de Gestão de Campi e Infraestruturas (USGCI), no âmbito do compromisso da Universidade com a promoção de ambientes de trabalho seguros, saudáveis e sustentáveis.

Atualizado a 07-05-2025 14:00