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A conferência insere-se na Semana Europeia da Imunização, cujo lema é ?Prevenir, Proteger e Imunizar?. Vai ser apresentado um projecto de investigação que visa identificar o espectro de variação das práticas de imunização e, ainda, os temas-chave que intervêm na aceitabilidade da vacinação tal como emergem em diferentes públicos, através de investigação etnográfica conduzida num conjunto de contextos de dois países com diferentes histórias vacinais e envolvimento público com o saber científico.
Embora amplamente encarado como a solução global para um conjunto de problemas de saúde pública, o princípio da vacinação universal tem vindo a ser destabilizado por mudanças na relação com a imunização. Apesar de percepções comuns tenderem a associar a não vacinação a uma localização exótica e a uma racionalidade científica inacabada, têm-se registado fenómenos de declínio vacinal que contrariam os laivos evolucionistas deste quadro de entendimento.
Longe de constituir um resíduo anacrónico condenado a desaparecer, a emergência de práticas de não vacinação participa de transformações sociais mais abrangentes abrindo caminho a que se contraponham ao princípio da vacinação universal o que parecem ser noções de imunidade personalizada. A investigação etnográfica tem apontado para a necessidade de ultrapassar abordagens assentes em dimensões demasiado estáticas e genéricas de percepção do risco, relação ciência-sociedade e confiança no Estado e nas instituições globais.
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(Pub. Abr/2010)
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