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TUTORUM – José Freitas








 


José Freitas, “caloiro” da Licenciatura em Relações Internacionais, é mais uma das muitas jovens esperanças do andebol português que ao longo dos anos têm nascido nas escolas de formação dos clubes da região minhota. Actualmente a representar o Andebol Clube de Fafe, este ponta direita promete vir a ser um reforço de peso para a equipa da AAUMinho, actual Vice-Campeã Europeia Universitária. Vamos então agora conhecer um pouco mais deste atleta de alta competição, ao abrigo do programa TUTORUM.


 

Com que idade é que iniciaste a prática competitiva do Andebol e onde?

Aos 8 anos, em Fermentões (CCRF)

 

Porquê o Andebol, e não por exemplo, o “banal” Futebol?

Porque, a escola primária que frequentei ficava mesmo em frente ao pavilhão onde se praticava a modalidade, então foi como um acto de imitação dos meus amigos.

 

Qual foi o treinador que mais te marcou no teu processo de formação e porquê?

Domingos Nunes. Foi meu treinador praticamente durante toda a minha fase de formação.

 

Achas que o Andebol ajudou no teu desenvolvimento enquanto individuo?

Sim, claro. Ajuda-nos sempre a ter sentido de responsabilidade e lembra-nos que trabalhar em conjunto é sempre mais fácil. Além disso, ensinou-me a respeitar os outros, pois no clube em que iniciei esta pratica ensinavam-nos, não só, a sermos bons desportistas, como também nos incutiam valores importantes de cidadania.       

 

Qual foi o papel da tua familia no teu percurso enquanto atleta de alta competição?

Muito importante nas diversas fases de humor que o desporto nos faz atravessar, nunca colocando entraves à prática do desporto.

 

Quantas vezes treinas por semana, e quanto tempo?

2 Horas por dia, 4 dias por semana.

 


A maneira como tu lidas com a pressão e a ansiedade antes dos jogos é algo que tu consegues trabalhar e treinar, ou simplesmente é algo com que apenas lidas na hora em que entras em jogo?

Essa é uma parte que depende muito da personalidade de cada desportista. Pessoalmente, é das partes mais difíceis de um jogo em que a ansiedade por vezes não nos deixa pensar com clareza. Mas penso que é tudo uma questão de experiência, e o desporto e a ansiedade/pressão andam quase sempre de mãos dadas!

 






 

O facto de jogares andebol pelo Fafe condicionou a tua escolha de Universidades quando concorreste? Porque?

 Não, porque já tinha em mente a algum tempo concorrer para a Universidade do Minho. Felizmente, a escolha do clube em nada afectou a minha candidatura.

 

Este é o teu ano 1º ano na Universidade? és caloiro! Como tem corrido até ao momento essa nova experiência?

Como desportista, infelizmente não posso viver a 100% este marco da vida de um Universitário, devido aos treinos diários e a distância da minha casa à Universidade. No entanto, tento sempre aproveitar ao máximo e até agora tem sido uma experiência muito gratificante e tenho conhecido pessoas do meu curso (Relações Internacionais) fantásticas!

 

Os teus colegas de curso sabem que és atleta de alta competição? O que é que eles pensavam desse facto?

Sim sabem. Costumam perguntar quando é que falto a um treino para puder ir com eles para a noite! Inclusive alguns começaram a seguir mais atentamente esta modalidade.

 

Para muitos atletas de alta competição torna-se difícil conciliar os estudos com a prática desportiva. Como é que tu consegues gerir esta nem sempre fácil ?relação? ?

Essa é uma verdade que já me trouxe algumas complicações, no entanto com as medidas especiais do estatuto de alta competição e também com o hábito, pois já faço isso desde sempre, torna-se apenas mais um obstáculo a ultrapassar como muitos nesta vida.

 

Em breve vais poder representar a actual equipa vice-campeã europeia de andebol universitário, a UMinho. Alguns teus colegas do Fafe são vice-campeões europeus. Existe alguma ansiedade da tua parte em ?mostrar serviço??

Existe uma vontade de poder viver mais essa experiência na minha vida, pois nunca tive a oportunidade de representar uma equipa universitária, ainda p?ra mais uma equipa Vice-campeã Europeia, recheada de nomes da nova geração de andebol, entre os quais dois colegas de equipa (Gueorgui Nikolov e João Castilho) que me têm falado bastante bem do ambiente que envolve os jogadores e a equipa.

 

A tua primeira ida à Selecção? como foi?

Foi uma mistura de satisfação com nervosismo e um pouco de receio de que não fosse o jogador do qual o treinador estivesse à espera.

 

A UMinho iniciou em Portugal um programa pioneiro no que diz respeito ao apoio aos atletas de alta competição, o TUTORUM. O que pensas desta iniciativa e do programa em si?

É sempre bem-vindo este tipo de apoio, pois como já foi mencionado torna-se difícil conciliar a vida académica com a prática desportiva. Graças ao TUTORUM ficamos em pé de igualdade com os outros estudantes, o que me parece justo.

 

Já recebeste apoio através do TUTORUM?

Já me foram mencionadas as características deste programa, no entanto ainda não necessitei de usufruir dos benificios do mesmo.

 

Os teus objectivos pessoais actualmente passam por uma carreira profissional no Andebol e os estudos vêm em segundo lugar. Como é que foi tomar essa decisão?

Gosto de pensar que o andebol é o meu passatempo favorito, pois tudo que se torna obrigatório, torna-se também chato. Além do que, enquanto me for permitido, hei-de conciliar sempre a vida social com o andebol.

 

Se surgirem convites convites aliciantes do estrangeiro, estarias disposto a deixar tudo para trás?

Essa é uma pergunta à qual nem eu mesmo tenho resposta. Teria de por a minha família, a minha namorada, os meus amigos e tudo que eu gosto e que está perto de mim de um lado da balança, e tudo que envolvia a ida para o estrangeiro do outro e ver para que lado penderia a balança.


 

Texto e Fotografia: Nuno Gonçalves

 

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