”
22 de Fevereiro ? 21h30
Leitura de poemas pela Oficina de Poesia no âmbito do projecto ”Novas poéticas de resistência” (Universidade de Coimbra/Centro de Estudos Sociais/Fundação para Ciência e Tecnologia). Entrada gratuita.
23 de Fevereiro ? 15h30
Apresentação dos contos ”TRO FA FA FE” (infanto-juvenil) e o ensaio Conto em SI de Mim (em escrita trilégica, 3 contos em um só) de Miguel Montepuez (Sílvio Macedo). Apresentação a cargo de Maria Perpétua Poeiras Pinho Campos. Momento musical pela Academia Valentim Moreira de Sá (Guimarães), em flauta e guitarra. Actividade dirigida a adultos em geral e público infanto-juvenil. Entrada gratuita.
Nota biográfica do autor:
Nasceu em 52, ano do Dragão; propício, venturoso.
Cedo trocou a savana moçambicana, bem a norte, pela beleza do Alto-Douro.
A primeira infância em irradiante felicidade, passa-a por entre esses fraguedos e rio. Daí um apego realista pelas cores, sabores e sentires das tradições transmontanas, no rigoroso Inverno e do Natal estrela infantil que o norteia. Ou ansioso sempre pelo brilho do estio.
Pespontam à discrição estes laivos no seu ensaio ”Um Conto em SI de MIm” a que acresce uma particularidade notória: já em 2ª edição, eis um trabalho inovador no país, pois em uma folha tamanho A2 se lêem 3 contos em um só, ou, de outro modo: um ensaio de conto de leitura tríplice ou trilégica.
O segundo livro ? estreia como escrita a solo ? chama-se TRO ? FA ?FA − FE
(deve ser lido ao ritmo dos antigos comboios a carvão) e é um livro para leitores mais pequenos; igualmente aconselhável aos mais graúdos. O autor, Sílvio Macedo, homem das lides jornalísticas, trota-mundos, conta que a ideia surgiu ”de forma repentina”. ”Numa tarde em que fui até à Ferradosa (linha do Douro), que conheço a palmo desde infância, desde o tempo do ”texas” (o comboio a vapor), percorrida centos de vezes até Freixo-de-Espada-à Cinta, congemina-se a ideia.”
”Mais tarde”, lamenta, ?uma passagem pela Normandia e pelo museu do Holocausto fizeram o resto: lembrança das crianças todas e a estreita ligação destas com os animais, nomeadamente o cão sempre fiel.
”Numa noite, em Novembro de 2003, o livro ficou quase redigido. Completei-o e burilei-o no fim-de-semana seguinte”, conta o autor.
”Um pouco nostálgico, saudosista, embora termine com uma palavra futurista, a jeito de Fernando Pessoa (salvas as devidas e indesmentíveis proporções), pois o futuro é hoje”.
O livro centra-se em quatro personagens. Uma delas é a cadelita Tixa, traquinas, ”mais humana que muitos racionais assim ditos, fiel de sempre, que pelo dono oferece a própria vida”, no que o autor considera ”acto de amor”. O animal, realça Sílvio Macedo, existiu mesmo, e o dito lá surge no livro, retratado pelo Pintor/Escultor Salgado Almeida.
O TRO-FA-FA-FE imagina a petiz Mariana, a cadela Tixa, o avô Joaquim (paciente e esforçado) e o ferroviário Álvaro, todos de viagem em 2ª classe, numa locomotiva a vapor e num tranvias dos anos 60, entre Guimarães e a Trofa. É para crianças, sim, este livro, mas pelas suas páginas, na viagem do quarteto, perpassa a paisagem do Vale do Ave, com a indústria têxtil em agonia lenta e sufocante, longe do fulgor de outrora, quando o sector proporcionava, à região e ao país, ”quilómetros de prazer nas telas e trapos tecidos”.
Dia 23 de Fevereiro ? 21h30
”Tributo a Zeca Afonso”, pelo Grupo Canto Daqui – Música tradicional portuguesa, por altura do vigésimo primeiro ano após a morte do cantor. Actividade em parceria com o Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Braga e a Biblioteca. Entrada gratuita.
Exposição bibliográfica sobre José Afonso.![](/images/EditorTexto/3.JPG)