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Melodias do tempo sem fim no V Cidade Berço







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UMdicas: Quais as grandes dificuldades na Organização de um evento destes?

 

Um evento como o V Cidade Berço implica muito esforço pessoal e tempo dispendido por parte das pessoas pertencentes à Afonsina, como todos nós temos os nossos cursos e vida pessoal torna-se difícil conseguir tempo livre para a organização do evento.

 

A outra grande dificuldade é ao nível financeiro. Um evento desta envergadura tem um orçamento muito elevado, que a Afonsina consegue suportar com actuações remuneradas durante o ano. Os apoios e patrocínios do festival são sempre escassos, o que obriga a Afonsina a um enorme investimento.

 

UMdicas: O Festival será no Auditório Nobre da Universidade do Minho, em Azurém. É o local ideal para um festival desta envergadura?

 

O Auditório Nobre da Universidade do Minho é um espaço muito agradável, o qual gostamos muito dado que toda a história do “Cidade Berço” se fez e continua a fazer por lá. Agora tendo a cidade de Guimarães um Centro Cultural Vila Flor, com um auditório muito maior e muito melhor equipado, não se justifica a utilização do Auditório Nobre para este evento. Prova disso é que na anterior edição (2007), o Auditório Nobre esgotou sendo que fomos mesmo obrigados a encerrar a bilheteira. Dada a qualidade do espectáculo e dos intervenientes que fazem o “Cidade Berço”, este já merecia um auditório maior e melhor. O realizar do festival no Centro Cultural Vila Flor por si só atribui uma maior visibilidade ao evento, visibilidade que o “Cidade Berço” já merece.

 






 

UMdicas: Integrado no programa do festival, está incluído a Noite de Serenatas. O que se pode esperar de uma noite assim?

 

Acima de tudo esperamos que o tempo ajude e que não chova, tendo essas condições, à imagem da edição anterior, esperamos um centro historio repleto de gente interessada em ouvir as tunas. No ano passado a noite de serenatas transformou-se numa grande noite com muita gente entusiasta a assistir às performances das tunas. É uma pequena amostra daquilo que podem ver no dia seguinte no Auditório Nobre.

 

Mais ainda é uma oportunidade para as tunas participantes e vindas de diversos pontos do país, conhecerem e desfrutarem do ambiente nocturno no Centro Histórico da Cidade de Guimarães.

 

UMdicas: Quais os desafios e objectivos para o futuro para este festival?

 

O grande desafio para o “Cidade Berço” é fazer dele um dos melhores do panorama tunante em Portugal.

 

Como objectivos temos essencialmente dois:

 

– Tornar o festival financeiramente auto-sustentável, ou seja, toda a despesa deste ser suportada pelos apoios, patrocinadores e bilheteira.

 

– “Transferir” o festival para um auditório digno da grandeza e importância do evento, e obviamente estamos a falar do Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor.

 

UMdicas: Qual o grande sonho para a Afonsina e para a Cidade Berço?

 

A Afonsina como única tuna masculina na cidade de Guimarães, ambiciona cada vez mais alcançar o carinho e reconhecimento das gentes da cidade. O que é algo que tem crescido ao longo dos anos.

 






 

Afonsina, o seu percurso e sonhos

 

O nome Afonsina está naturalmente relacionado com El Rei D. Afonso Henriques e a cidade de Guimarães

 

A designação: Tuna de Engenharia da Universidade do Minho, surge para distinguir a tuna dentro de uma academia com mais tunas e evidentemente pelo facto de serem estudantes da escola de engenharia da Universidade do Minho.

 

A estreia da Afonsina em público foi numa cerimónia onde receberam o apadrinhamento da Tuna Universitária do Minho. Essa actuação decorreu na escola de engenharia em meados de 1994.

 

A Afonsina já actuou nos melhores festivais de tunas nacionais (continente e ilhas da Madeira e Açores), tendo marcado também presença em França, Holanda, onde participou no “Tuna Festival de Nijmegen”, e Espanha, onde participou recentemente (Março de 2008) no “XXI Certame Internacional de Tunas Costa Cálida”, sendo este um dos momentos mais altos da história da Afonsina não só pelos prémios alcançados, mas também pela dimensão do festival no panorama tunante mundial.

 






 

Rui Marques é neste momento o Magister da Afonsina desde Janeiro de 2008. Aluno de Engenharia e Gestão Industrial.

 

No activo neste momento a tuna tem 35 elementos. No total já passaram pela tuna cerca 75 Afonsinos, sendo que muitos deles ainda mantêm uma ligação com a tuna, e aparecem sempre que têm disponibilidade.

 

Quem quiser fazer parte desta tuna apenas terá que aparecer na sala da Afonsina (no edifício da AAUM em Guimarães, por cima do BA) às segundas e quintas a partir das 21.30h.


O trajecto a percorrer começa como pré-caloiro (pionés), onde após verificada evolução musical e integração com o grupo passa a caloiro (peão). Por fim, sempre quando se justificar, por mérito musical, pessoal e espírito afonsino, o elemento passa a tuna, tornando-se um verdadeiro Afonsino.

 

Como a Afonsina nos transmitiu os objectivos da tuna num futuro próximo são essencialmente, renovação com a entrada de novos elementos, continuar da participação em festivais e actuações por esse país e mundo fora, a consolidação do projecto musical que já apresenta uma qualidade significativa, inserção em pleno do festival “Cidade Berço”, no panorama tunante como um dos melhores e com o devido reconhecimento ao nível local por parte das gentes de Guimarães.

 

A Afonsina, a tuna em si é para todos os seus elementos é já um sonho, um grupo de amigos que entre copos e guitarradas se diverte e encanta quem nos vê e ouve. Mais ainda ambicionamos não ser os melhores dos melhores, mas estar sempre entre eles, nos bons festivais de tunas por este mundo fora. O reconhecimento não só pela música mas também pela nossa animada forma de estar é algo que queremos cada vez mais reconhecido.”

 

Definir um lema para esta tuna é difícil, mas dizem que “acima de tudo temos um rumo, rumo esse que passa por levar a nossa música a muitas e diferenciadas gentes, e aliar à música a animação e irreverência que já nos é característica.”

 

Texto: Michael Ribeiro


 

Fotografia: Nuno Gonçalves


 

 

 

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