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A equipa de Futebol 11 da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) disputou nos passados 26 e 27 de Novembro o I TA de Futebol na cidade de Viseu.
O TA constituído por dois grupos de quatro equipas, onde passavam as duas melhores equipas de cada grupo, adivinhava-se muito competitivo e com um nível de qualidade superior.
No primeiro grupo estavam as equipas da Associação Académica do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv), Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e da Associação Académica de Coimbra (AAC).
Do segundo grupo faziam parte o Instituto Politécnico de Leiria (IPL), a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho), a Associação Académica da Universidade do Algarve (AAUALg) e a Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI).
Este torneio ficou marcado pela péssima organização do AAIPV e também pela inoperância por parte da FADU em resolver os vários problemas colocados às equipas. Um TA onde se disputa o acesso à fase final do Campeonato Nacional Universitário, em que se apresentam árbitros sem categoria (a meia-final da AAUMinho contra IPV o arbitro não possuía cartão amarelo e vermelho para admoestar os atletas), falta de bolas e água nos recintos de jogo, má calendarização dos jogos, são algumas das falhas gravíssimas recorrentes na organização da AAIPV.
Fase de Grupos
Relativamente aos jogos, a equipa da AAUMinho entrou muito bem neste I TA ao vencer sem qualquer dificuldade os dois primeiros jogos. Na primeira partida, a equipa minhota bateu a equipa do Algarve por 3-1, num jogo perfeitamente controlado, onde o conjunto do norte impunha o seu domínio de forma natural, com destaque para João Costa que fez um hat-trick.
No segundo jogo, contra a equipa da Beira Interior, os minhotos voltaram a demonstrar toda a sua superioridade ao vencer por três bolas a zero. A equipa da AAUMinho muito bem comandada pelo capitão de equipa João Oliveira, autor de dois golos (o segundo de belo efeito, com um ?chapéu?perfeito ao guarda-redes adversário), controlou o ritmo de jogo e impôs-se naturalmente à equipa da AAUBI, que demonstrou ser um conjunto muito bem orientado pelo seu treinador.
No terceiro e último jogo da fase de grupos, a equipa minhota defrontou a sua congénere de Leiria. Com o apuramento para as meias-finais já alcançado, o treinador Michael Ribeiro, optou por rodar a equipa e dar descanso aos atletas mais utilizados no dia anterior. Apesar do empate neste jogo, foi à AAUMinho a quem pertenceram as oportunidades mais flagrantes para marcar, mas tiverem um guarda-redes de Leiria um adversário à altura. Com o apito final do árbitro, o placard mostrava um 0-0 que premiou a solidez defensiva do conjunto da cidade do Lis.
Assim, terminada que estava a fase de grupos, as meias-finais teriam os seguintes embates: AAC vs IPL e IPV vs AAUMinho.
Meia-final
A equipa minhota defrontou então a equipa de IPV na meia-final. Nesta partida, e devido aos vários incidentes que focaremos mais adiante, a equipa da AAUMinho desfalcada de dois atletas importantíssimos na sua manobra colectiva, não conseguiu impor o seu jogo e acabou por perder por 2-0.
Este jogo fica marcado pela arbitragem que permitiu aos atletas de Viseu ultrapassarem os limites da agressividade. A partida terminou sem admoestações disciplinares para qualquer uma das duas equipas em campo.
Um jogo que ficou marcado por vários incidentes e agressões dos atletas de Viseu, bem como pela vergonhosa prestação da equipa de arbitragem.
Relativamente a esta partida, permitem-nos umas pequenas considerações:
1º; Num jogo de futebol, o árbitro principal não é obrigado por lei a ter os respectivos cartões amarelo e vermelho para assinalar as ocorrências do jogo?
2º Num jogo de futebol os árbitros assistentes não podem e devem assinalar infracções e agressões que o árbitro não viu?
Uma última nota: diz o Regulamento da Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol na Secção II dos Direitos e Deveres dos Árbitros nas alíneas:
f) iniciar o jogo à hora marcada para esse efeito, salvo caso de força maior devidamente comprovado, fundamentado e descrito no relatório do jogo, tendo sempre em vista que o interesse comum é o da realização do jogo;
g) apresentar-se em campo devidamente equipado, de acordo com as normas emanadas pelo Conselho de Arbitragem ou Comissão de Arbitragem da LPFP responsável pela nomeação, cabendo ao Árbitro verificar e reportar o cumprimento desta disposição, por parte dos restantes elementos da equipa;
h) mencionar no boletim do jogo, todos os incidentes extraordinários de que tenha tido conhecimento e ocorridos antes, durante ou após o jogo no qual participou, bem como os factos que constituam fundamento para a aplicação de sanções disciplinares, descrevendo-os de modo eficaz, de forma a representar fielmente a ocorrência;
Estas considerações merecem por parte da FADU um séria reflexão relativamente ao que se sucedeu em Viseu, neste I TA de Futebol.
Com todas estas incidências o I TA de Futebol ficou suspenso até data a designar pela FADU para se disputarem os jogos da final e de atribuição do 3º e 4º lugar, visto que também a outra meia final entre IPL e AAC começou 2 horas mais tarde que o previsto.
Segundo o treinador da AAUMinho, Michael Ribeiro, “é incompreensível a FADU continuar a atribuir a organização do Torneio a IPV, quando o que aconteceu este ano, já aconteceu em anos anteriores. Má organização e calendarização dos jogos, onde as três equipas que disputaram as meias-finais, menos a equipa de IPV por sinal a equipa da casa, não puderam almoçar e fariam 3 jogos num curto espaço de tempo de 4 horas. È impensável e sobre-humano para os atletas. Creio que a FADU deve reflectir sobre o que aqui se passou. Em relação à minha equipa, quero deixar aqui os meus parabéns, pois foram uns verdadeiros heróis e dignificaram e honraram a imagem da AAUMinho. A eles um forte abraço”.
Texto: Redacção