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“É um orgulho para mim defender as cores nacionais.”











 


Vamos conhecer agora um pouco mais deste estudante atleta que dia a dia, jogo a jogo, vem confirmando os seus créditos como uma das maiores esperanças do andebol nacional.

 

Com que idade é que iniciaste a prática competitiva do andebol e onde?

Com 6 anos, no CCRFermentões.

 

Achas que o andebol ajudou no teu desenvolvimento enquanto indivíduo?

Claro que sim, o andebol ajudou-me a crescer enquanto indivíduo, a ser uma pessoa responsável, honesta, a trabalhar em grupo, a respeitar os meus colegas e fez com que não optasse por caminhos menos bons para mim. Felizmente já conheci bastantes sítios e bastantes pessoas, onde tenho bons amigos, graças ao Andebol.

 

Qual foi o papel da tua família no teu percurso enquanto atleta de alta competição?

Foi muito importante, primeiro porque foi o meu pai que me incentivou a iniciar a prática do andebol, visto que era director no Fermentões, e depois, desde o primeiro momento me têm apoiado a 100%, e sem esse apoio era impossível estar onde estou.

 






 

Quantas vezes treinas por semana, e quanto tempo?

Treino em média 8 vezes por semana, tendo cada treino 1h30, aproximadamente.

 

A maneira como tu lidas com a pressão e a ansiedade antes dos jogos é algo que tu consegues trabalhar e treinar, ou simplesmente é algo com que apenas lidas na hora em que entras em campo?

Penso que essa questão da ansiedade e da pressão, vai melhorando de jogo para jogo, e da experiência que vamos tendo ao longo dos anos, claro que existe sempre aquele nervosismo, o que é saudável, mas à medida que vamos fazendo mais jogos, vamos perdendo essa ansiedade e essa pressão.

 

Como é que é estar numa equipa, campeã nacional sénior, e aos 18 anos ser o organizador, o homem do último passe, da mesma?

É um motivo de orgulho saber que faço parte de um dos melhores clubes de Portugal, onde existem pessoas que acreditam no meu trabalho, e com um grupo fantástico como este, tudo se torna mais fácil, pois toda a gente se apoia para o sucesso do clube.

 

Quando é que foi a tua primeira vez de quinas ao peito e contra quem? Qual foi a sensação?

A primeira vez que representei a Selecção Nacional tinha 15 anos, e foi em Espanha contra a Espanha, no Torneio Scandibérico de Sub-18. Foi uma sensação fantástica, inesquecível, pois nem toda a gente tem esta oportunidade de representar a Selecção. Foi e continua a ser um momento de grande orgulho para mim defender as cores nacionais.

 






 

A Selecção A é um objectivo a curto, médio ou longo prazo?

A selecção A é um objectivo de qualquer atleta e visto que já a representei, dá-me mais motivação para trabalhar, pois sei que as pessoas estão atentas ao meu trabalho. Vou trabalhar cada vez mais para tentar entrar no grupo o mais cedo possível.

 

O facto de competires pelo teu actual clube condicionou a tua escolha de Universidades quando concorreste? Porque?

Inicialmente, o meu pensamento era ir estudar para o Porto, mas o facto de competir pelo ABC, condicionou muito a minha escolha, porque estudar no Porto e jogar em Braga era quase impossível, logo, optei pela UM.

 

Para muitos atletas de alta competição torna-se difícil conciliar os estudos com a prática desportiva. Como é que conseguiste gerir até ao momento esta nem sempre fácil “relação”?

É bastante complicado conciliar os estudos com o andebol, pois tenho que faltar a muitas aulas por causa dos treinos, e chegar a casa cansado e ainda ter que ver a matéria perdida torna-se difícil. É preciso ter muita vontade e muita determinação para que esta relação funcione.

 






 

O que é que te levou a optar pela Licenciatura em Gestão?

A minha primeira escolha era marketing, mas como só havia no Porto, e eu queria ficar em Braga, tive que optar por um curso que houvesse na UM, e que estivesse de certa forma ligada ao marketing, por isso a escolha da licenciatura de Gestão.

 

A UMinho iniciou em Portugal um programa pioneiro no que diz respeito ao apoio aos atletas de alta competição, o TUTORUM. O que pensas desta iniciativa e do programa em si?

Penso que é um projecto muito bem conseguido e muito positivo para nós, atletas de alta competição. Permite-nos ter um apoio escolar do qual necessitamos, pois temos um professor, ou seja, um tutor que nos permite por a par da situação e ajudar, dentro do possível, a nossa evolução escolar.

 

Os teus objectivos pessoais passam por uma carreira profissional andebol ou os estudos vêm em primeiro lugar?

O objectivo principal era entrar na Universidade, e agora que entrei, talvez dedicar-me um pouco mais ao andebol e ir fazendo aos poucos o curso. Tirar o curso é muito importante para mim, porque sei que o andebol não dura para sempre, mas agora, talvez focar-me mais no andebol, não deixando os estudos de parte.

 

Texto e Fotografia: Nuno Gonçalves


 

 

 

 

 

 

  

  

 

  

 

 

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