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O serviço resulta de um projecto promovido pela Universidade, no âmbito do qual decorrem já consultas noutros locais do país.
Para além da Universidade do Minho, o serviço está já disponível na Santa Casa da Misericórdia de Vieira do Minho e na Santa Casa da Misericórdia de Ovar, assim como na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.
São objectivos destas consultas:
– Apoiar pessoas idosas vítimas de maus-tratos num ambiente seguro de consulta;
– Obter dados que permitam compreender as causas e as consequências do abuso e da negligência às pessoas idosas;
– Promover a defesa da população idosa no que respeita ao abuso, negligência e auto-negligência, servindo assim, os propósitos da INPEA (www.inpea.net);
– Aumentar a consciência pública e o conhecimento do fenómeno dos maus-tratos e negligência.
Os maus-tratos a idosos são definidos como:
– Actos que causam dano a uma pessoa idosa vulnerável, ou criem sérios riscos de dano (seja este dano deliberado, ou não), levados a cabo por um cuidador ou outra pessoa que faça parte de uma relação de confiança da pessoa idosa.
– A falha do cuidador em assegurar as necessidades básicas da pessoa idosa ou protegê-la de danos, incluindo de comportamentos de uma pessoa idosa que ameaçam a sua própria saúde ou segurança.
O Serviço de Consulta de Apoio a Pessoas Idosas Vítimas de Maus-tratos e/ou Negligência faz atendimento gratuito dos casos apresentados, com garantia absoluta de sigilo, apoiando e ajudando a pessoa a lidar/resolver o problema apresentado. A duração do serviço de consulta será, em princípio, por tempo limitado, mas não terminará antes do fim de Julho de 2009. Depois dessa data haverá disponibilidade para apreciar outros pedidos.
Embora haja vantagens em que a consulta decorra no serviço, em alguns casos poderá ser considerada a possibilidade de se fazer o atendimento num outro local, a combinar com a pessoa. Caso seja necessário, e a pessoa o consinta, poderá também ocorrer o reencaminhamento para outros serviços.
Em 2002 a Organização Mundial de Saúde alertou para o facto de que cerca de 4-6% dos idosos que vivem em casa são vítimas de abuso (WHO, 2002) e, apenas no primeiro semestre de 2008, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) refere que recorreram aos seus serviços trezentas e oito pessoas idosas vítimas de violência.
Dados nacionais e internacionais – iniciativas que envolveram a acção de vários serviços médicos e sociais – indicam que é possível ajudar estas vítimas e, em alguns casos, também os perpetradores.
Parceiros
INPEA – International Network for the Prevention of Elder Abuse (inpeaportugal@gmail.com)
GEAVI – Grupo de Estudos e Avaliação de Vítimas Idosas