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Mala “inteligente” portuguesa pode vir a ser usada nos aeroportos de todo o mundo







Associação Mundial de Transporte Aéreo avalia na próxima semana o projecto desenvolvido pelo PIEP da Universidade do Minho, com a parceria de quatro empresas e um centro de investigação
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A tecnologia inovadora garante a monitorização em permanência e a nível global, graças à incorporação na espessura das bagagens de dispositivos como o RFID (“radio frequency identificator”), WSN (“wireless sensor network”) e GPS/GSM (“global positioning system”). Isso permite ao cidadão, através de uma simples aplicação no telemóvel, controlar onde andam as suas malas e se já entraram ou não no avião/comboio/avião.


O projecto foi desenvolvido pelo Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP) da Universidade do Minho, em Guimarães, com a parceria de quatro empresas e um centro de investigação (ANA – Aeroportos de Portugal, SETSA – Sociedade de Engenharia e Transformação, Critical Software, Tecmic – Tecnologias de Microeletrónica e INOV-Inesc Inovação). O director do projecto do PIEP, Bruno Pereira da Silva, explica que estas malas podem ser usadas no transporte aéreo, marítimo, ferroviário ou rodoviário, mas a gestão aeroportuária pode valer mais de 90 por cento do mercado.


A solução desenvolvida respeita as especificações da IATA, que defende a introdução do RFID no rastreamento de bagagens a nível mundial. Alguns aeroportos já usam esta tecnologia, anexando manualmente as etiquetas em cada mala e investindo cerca de 10 cêntimos por passageiro, o que se reflecte nas taxas cobradas nos bilhetes. Porém, se as bagagens tiverem aquele dispositivo incorporado o custo passa para o passageiro apenas quando compra a sua mala, o que deve facilitar a generalização do conceito.






O consórcio Mala Segura submeteu em Janeiro um pedido de patente ao Instituto Português da Propriedade Industrial (INPI), para proteger o sistema concebido, sublinha Bruno Pereira da Silva. O projecto decorreu durante 30 meses e teve 2,5 milhões de euros de investimento, sendo 1,5 milhões co-financiados pelo Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN). O propósito da pesquisa foi “inverter a tendência de crescimento das malas extraviadas por passageiro, principalmente na aviação civil”. Em 2009 ter-se-ão extraviado 10 mil bagagens por dia nos aeroportos da União Europeia e 90 mil a nível mundial, os seja, 600 mil por semana e três milhões por mês, representando um custo global estimado de três mil milhões de euros, o é determinante para a própria sustentabilidade do negócio.


Mais informações:


Bruno Pereira da Silva (director do projecto do PIEP e membro da comissão executiva do consórcio)


E-mail: bruno.silva@piep.pt | Site: www.mala-segura.com; www.piep.pt


 


(Pub.Mar/2011)

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