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A investigadora
Henedina Antunes, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde
(ICVS) da Universidade do Minho, foi distinguida com a Bolsa Pierre Fabre,
prémio para a melhor publicação da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP). O
seu estudo ”Etiology of bronchiolitis in a hospitalized pediatric population:
prospective multicenter study”, publicado no ”Journal of Clinical Virology”,
conclui que ”ainda se medica demais na bronquiolite”, quando ”o único
tratamento é o oxigénio se o bebé tiver baixo teor de oxigénio”.
O trabalho baseou-se
nas crianças até 2 anos de idade que registaram o primeiro episódio de pieira
(ruído que aparece na dificuldade respiratória) e que recorreram às urgências
dos cinco hospitais do Minho. Os resultados revelam que em seis meses foram
internadas 253 crianças. ”O bebé fica com nariz a pingar ou tapado e, passado
algumas horas ou poucos dias, pode ficar com dificuldade
dificuldade, chamada ”dispneia”, pode levar a ter menos oxigénio do que é
necessário”, explica. A ventilação assistida não foi um método muito recorrente
no tratamento, tendo apenas sido utilizada numa criança.
Esta é uma distinção
que não deixa de orgulhar a médica: ”O prémio da melhor publicação atribuída
pela SPP só pode orgulhar o Hospital de Braga, nomeadamente o Serviço de
Pediatria e Patologia Clínica, e os dos hospitais do Minho. Como investigadora
do ICVS fiquei obviamente muito feliz”, confessa. A autora já tinha sido
distinguida em 2008 com a Bolsa Pierre Fabre, pela investigação ”Leptina em
crianças e adolescentes com excesso de peso”, que desenvolveu em conjunto com Susana
Carvalho, da Escola de Ciências da Saúde da UMinho.
Método PCR detecta 2/3
dos adenovírus não identificados por outras técnicas
A bronquiolite aguda
caracteriza-se por uma inflamação nos bronquíolos, sendo bastante frequente nas
crianças no primeiro ano de vida mas pode acontecer até aos 2 anos. O vírus VSR
é a principal causa, seguido pelo adenovírus (AV), associado a uma maior
morbilidade e mortalidade. A investigação veio confirmar que a Reacção de
Polimerização em Cadeia (PCR) – metodologia que se baseia na amplificação
exponencial selectiva de uma quantidade reduzida de DNA de uma única célula,
detecta 2/3 dos AV não detectados por outras técnicas. ”O estudo permite ainda
verificar que o tratamento de Palivizumab, usado na prevenção da infecção por
VSR, nem sempre impede o desenvolvimento da doença nas crianças prematuras”,
avança Henedina Antunes.
Henedina Antunes
doutorou-se em Pediatria, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto,
onde também se licenciou. Desde Agosto de 2008, é investigadora no ICVS da
Escola de Ciências da Saúde da UMinho. É chefe de Serviço de Pediatria no
Hospital Escala Braga.
Contactos:
Dr.ª Henedina Antunes
Tel.: 915303993
(contacto não publicável)
E-Mail: henedinaantunes@gmail.com
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