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Investigadora da UMinho defende interação entre pais e filhos para uma utilização mais segura da Internet



Os
resultados apontam o
ciberbullying como sendo o risco mais frequente nos
três países, seguido do
ciberstalking (assédio persistente) e das
solicitações sexuais. Indicam também que as estratégias de mediação ativa e
restritiva, que combinam a imposição de regras sobre o uso da Internet e a
discussão da utilização que é feita da mesma, como as mais eficazes na
prevenção da exposição aos riscos online. “A Internet é um ambiente anárquico,
fluído e em constante mutação, ao qual os jovens têm uma grande facilidade em
se adaptar, pelo que os cuidadores não devem depositar toda a sua confiança
apenas na implementação de filtros que impeçam o acesso a determinados
conteúdos. Aliás, este filtros podem ser facilmente desativados pelo
adolescente ao ver tutoriais no YouTube, por exemplo”, esclarece a doutoranda
em Psicologia da Justiça na UMinho.

Para
Fátima Abreu Ferreira, a conversa no mundo real continua a ser o melhor meio
para lidar com o que se passa nas redes virtuais. Ainda assim, usar apenas um
tipo de estratégia pode não ser o ideal. Os pais “devem estar disponíveis” para
cruzar vários cenários. Ou seja, estabelecer regras acerca da utilização da Internet,
que passem não por uma imposição mas sim por uma discussão com os filhos acerca
da importância de certos cuidados e comportamentos a adotar. “Desta forma, é
igualmente criado um ambiente de segurança para que, em situações em que não é
possível controlar a exposição aos riscos, os jovens se sintam confortáveis em
revelar o acontecimento e se sintam apoiados para geri-lo da melhor forma”,
vinca.

Fátima
Abreu Ferreira nasceu na Guarda há 29 anos e é psicóloga, investigadora e
professora. Está a concluir o doutoramento na UMinho, com a tese “Vitimização
Online: Os riscos de viver na era digital”. Tem as licenciaturas em
Aconselhamento Psicossocial e em Psicologia e a pós-graduação em
Aconselhamento, todas pelo Instituto Superior da Maia (ISMAI), no qual também
foi docente cinco anos. Trabalha em projetos de investigação das universidades
do Minho, Coimbra e do ISMAI, centrando a pesquisa nos temas da violência
(online, doméstica, escolar, praxes académicas, relações amorosas) e na
sexualidade feminina. Tem algumas dezenas de publicações científicas e
participa em congressos em vários países. O seu site é
www.fatimaabreuferreira.com.

 

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(Pub. Fev/2013)

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