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Esta foi a última colheita deste ano civil, e
com este resultado, a Universidade do Minho conseguiu, no total das quatro
colheitas (duas em Gualtar e duas em Azurém) o excelente resultado de 870
dadores inscritos e 203 recolhas de Sangue para Análise de Medula, contribuindo
generosamente, uma vez, mais para as reservas de sangue do IPS e para a base de
dados de dadores de medula.
A Campanha que tem como promotores a
Universidade do Minho através dos Serviços de Ação Social da UM (SASUM) e da
Associação Académica da Universidade do Minho, é fruto de uma longa cooperação
com o Instituto Português do Sangue
e o Centro de Histocompatibilidade da Região Norte que dura há mais de 10 anos
e que tem dado frutos muito positivos, tanto no que às reservas de sangue diz
respeito, como no aumento da base de dados de possíveis dadores de medula
óssea.
Esta “foi uma colheita que correu muito bem” referiu uma das técnicas do IPS presentes no local. Das 09h30 às 19h00, tanto o
centro da operação localizado no hall da Escola de Engenharia, como o autocarro
estacionado à entrada do Campus de Azurém foram os locais escolhidos por muitos
dos estudantes para passar uns minutinhos em prol do próximo, um gesto que
demorava entre 10 a 15 minutos e que poderá vir a salvar muitas vidas.
Segundo a Lei n.º37/2012 “É dever cívico de
todo o cidadão saudável contribuir para a satisfação das necessidades de sangue
da comunidade, nomeadamente através da dádiva”.
Um desses bons exemplos foi Patrícia, uma
estudante de Estatística Aplicada que embora com um pouco de pressa não quês
deixar de fazer a sua dádiva “há um ano que fiz a minha última dádiva, depois
disso ainda não tinha tido a oportunidade, por isso hoje resolvi aproveitar que
a brigada estava cá na Universidade para o fazer novamente” disse. Quanto às
razões que a levaram a ser dadora, a estudante referiu que sabendo que existem
necessidades de sangue, pois não é algo que se possa fabricar e, por isso só
depende da bondade de cada um a sua existência “todos nós devíamos fazer isto
para que nunca haja falta de sangue, para além de podermos estar a salvar vidas,
também poderemos um dia precisar e vamos gostar que alguém faça isto por
nós”.
A UMinho, tem sido, já desde 2002 líder do
Ranking Nacional de Dadores inscritos, em Instituições de Ensino Superior, para
isso muito têm contribuído, tanto os dadores continuados, como aqueles que
experimentam o gesto pela primeira vez na UMinho.
Um dos incipientes na colheita de hoje foi,
Ailton, um estudante cabo-verdiano que só agora e, por questões de idade
começou a ser dador de sangue. O Estudante de MIEGSI diz-se muito motivado para
as questões da solidariedade “desde de quando vivia em referiu que “sempre
gostei de ser solidário” sendo que a motivação para ser dador de sangue surgiu
após a participação numa palestra onde alertavam para as necessidades de sangue “por isso resolvi aproveitar esta oportunidade e vir aqui contribuir para com o
próximo, para além de que um dia também posso precisar” disse.
Também Célia Moreira estava a chegar junto do
brigada do IPS para fazer a sua dádiva, a aluna de mestrado resolveu retomar o
seu estatuto de dadora depois de ter estado uns tempos sem o fazer “recebi
recentemente um novo cartão de dadora em casa e isso reavivou a minha vontade
de ser dadora”. Por isso, “vou aproveitar hoje a presença do IPS e voltar a
contribuir, sendo que pretendo também inscrever-me como dadora de medula” afirmou.
Para Célia, todos devemos contribuir “não
custa nada, se somos saudáveis porque não fazê-lo? Para além disso ainda podemos
ter alguns benefícios, não só de saúde mas o ser dadores de sangue traz-nos
alguns direitos também”.
Ao ser dador de sangue, a pessoa adquire alguns
direitos, tais como, a isenção de taxas moderadoras no acesso às prestações do
Serviço Nacional de Saúde, a ausentar-se das suas atividades profissionais, a
fim de dar sangue, pelo tempo considerado necessário para o efeito, bem como a
um seguro de dador, entre outros.
Texto: Ana Coimbra
Fotografia: Nuno Gonçalves
(Pub. Out/2013)
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