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Prémio CEGOC novamente para a UMinho



O trabalho premiado dá pelo nome de “BAL – Bateria de Avaliação da Leitura” e é um instrumento de avaliação da leitura
que contém 5 testes diferentes, destinados a avaliar tanto a compreensão de
texto escrito como auditivo nas crianças do 1º ciclo.

A CEGOC é uma empresa
envolvida nos testes e avaliações de intervenção psicológica que atua em mais
de 60 países (e há mais de 50 anos no nosso) e que pretende estimular a
investigação em qualquer domínio da Psicologia. O prémio foi de 2.500 euros e
cobertura dos direitos de autor relativos ao trabalho vencedor. Os
representantes da CEGOC neste evento foram a Presidente do Júri do Concurso e o
diretor associado, que apontaram ser repetitivo dizer que é um “trabalho
excecional”, uma vez que já é a terceira vez que este prémio é atribuído a
parte desta equipa. Ainda assim voltaram a salientar a “extraordinária
qualidade da equipa” e a grande probabilidade de estarem novamente na UMinho no
próximo ano.

Apesar do aparente
facilitismo, pela repetição das premiadas, não se deve “diminuir o mérito, mas
sim destacar a constância da investigação e da qualidade?, tal como afirmou Rui
Ramos, membro do CiEC (Centro de investigação em Estudos da Criança) da UMinho.
Ao invés, este mérito deve ser elevado, pois como explicou Sandra Ferreira, a
Presidente do Júri deste concurso, a “BAL” obteve uma média de 4.7 numa escala
de 1 a 6, sendo assim “claramente vencedora” e deixando para trás candidaturas
de outras universidades portuguesas afamadas.

A apresentação da
“BAL” coube a Armanda Costa, do Laboratório de Psicolinguística da Universidade
de Lisboa, que a adjetivou de “completa e interessante”, pois avalia o
resultado final dos mecanismos que atuam na leitura, não descuidando a
distinção dos tipos e modalidades de texto. Foram várias as felicitações ao
trabalho e às autoras e ficou no ar o desafio para criar testes de avaliação da
leitura também para adultos.

As coordenadoras do
trabalho, Iolanda Ribeiro e Fernanda Viana, agradeceram a todos aqueles que
foram colaborando com a sua equipa e que permitiram que a “BAL” ficasse
concluída, realçando o financiamento inicial da FCT (Fundação para a Ciência e
Tecnologia) e os escritores que a custo zero construíram os textos para os
testes, particularmente: Ana Maria Magalhães, Isabel Alçada, Isabel Munhós
Martins, Jorge Gomes e Carla Maia de Almeida.

Iolanda Ribeiro e
Fernanda Viana receberam o prémio CEGOC pela terceira vez. Iolanda Ribeiro
clarificou que as datas dos prémios não significam que cada prova demore apenas
um ano a fazer, na verdade a “BAL” começou em 2008 e ficou terminada em 2013 a
grande custo, pois ambas as coordenadoras estiveram em licença sabática para se
dedicarem mais a esta investigação e mesmo assim houve complicações, só pelo
facto de terem de coordenar 14 psicólogos a avaliar 15.000 crianças.

Iolanda Ribeiro
classifica o trabalho como uma “aventura” com o título “As 7 na Universidade do
Minho” e Fernanda Viana como um “projeto megalómano”, em que “os guiões e os
atores” são de extrema importância, e com estes argumentos agradeceram tanto
aos escritores, como aos professores e crianças que fizeram parte. Por fim, os
escritores relataram a sua estranheza inicial com o projeto e o grande gosto
que foi  terem
contribuído para um trabalho que pode ter tantas aplicações, sublinhando a
simbologia presente na iniciativa privada estar a premiar a investigação e intervenção.


Texto: Marta Borges

Foto: Jorge Vilaça


(Pub. Jan/2014)

 

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