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42º Aniversário da EEUM marcado pelo debate sobre o impacto da Escola na Região



Decorrida
de 16 a 21 de janeiro, a “Semana da Escola de Engenharia” foi submetida ao tema “Escola ↔ Região”, sendo com isso objetivo da EEUM lançar o debate sobre o
impacto da Escola de Engenharia no contexto nacional e principalmente, na
região Noroeste de Portugal – o Minho.

A “Semana da Escola de Engenharia” é o evento por excelência de divulgação da
EEUM junto da comunidade académica, da população estudantil do ensino
secundário, de empresas e da sociedade em geral, desta forma, esta semana foi
dedicada à aproximação a esses públicos, com atividades e workshops, sessões
plenárias, o dia do emprego, cerimónia de graduação dos recém formados e a
sessão solene e debate que contaram com a presença do Presidente e
vice-presidentes da Escola, do Reitor da UMinho, dos presidentes das Câmaras
Municipais de Braga e Guimarães, do diretor da Escola Superior de Tecnologia do
IPCA, do Presidente da Direção da Associação Industrial do Minho, entre muitos
outros.

Durante
esta semana muito se falou e discutiu em volta do assunto “Escola ↔ Região”, tendo sobressaído o facto da Escola ter de apostar no reforço da sua
visibilidade e capacidade de atração de alunos e de financiamento estratégico,
algo que deve ser feito em parceria com os agentes políticos e económicos da
região, devendo ainda apostar no seu papel como agente de desenvolvimento da
região.

Outra
das informações a reter, foi sem dúvida a de que a Engenharia é uma área com
futuro e emprego garantido, sendo que, como referiu a vice-presidente da
Escola, Rosa Vasconcelos, aquando do encontro com psicólogos, pais e alunos das
escolas secundárias: “Neste momento a Escola não consegue graduar profissionais
suficientes para o mercado”, sublinhando que “é disso exemplo o momento atual,
em que a Escola recebeu 1200 ofertas de emprego, entre elas 800 empregos, 200
propostas de dissertação e 300 estágios profissionais e não temos alunos ou
graduados para fazer face a estas propostas” disse.

Perante
isto, a responsável do conselho pedagógico da Escola apelou a que os alunos do
ensino secundário enveredassem por uma das muitas áreas que a Escola de
Engenharia oferece, referindo que “para além das boas condições de ensino que
esta oferece, o futuro destes tem emprego garantido”.


durante a sessão solene de comemoração do aniversário, o Presidente da Escola,
João Monteiro fez questão de afirmar que “em 2016 a Escola atingiu resultados
extraordinários que assentam no empenho dos seus membros (alunos, docentes,
investigadores e funcionários não docentes)”. Agradecendo aos seus antecessores
pelo trabalho feito, o presidente destacou alguns números da Escola, tais como
os cerca de 6000 alunos que a dela fazem parte, onde cerca de 10% destes, são
estudantes de doutoramento, contando ainda com 276 docentes todos doutorados,
bem como 78 funcionários não docentes. Segundo o presidente, a EEUM tem um
portfólio de projetos que rondam os 55 milhões de euros (não contando com o
projeto Bosch). Garantindo que a Escola forma “dos melhores engenheiros
nacionais?, sublinhou que “temos uma atividade com provas dadas e assente nos
três pilares que nos orientam, ensino; investigação, desenvolvimento e
inovação; e extensão”. João Monteiro advertiu ainda que, o corpo docente da
Escola precisa de ser rejuvenescido, é necessário investir nos laboratórios,
contratação de técnicos não docentes que façam face às novas necessidades,
entre outras coisas.

Na
mesma linha, o Reitor António Cunha afirmou que “2016 foi um ano bom para a
Escola”, um resultado que justificou com a “cooperação institucional e
articulação estratégica”. Para este, 2016 foi também “um ano bom para a
UMinho”, destacando a passagem da UMinho a Fundação, cujos efeitos práticos,
afirma “já se fizeram sentir na não obrigatoriedade de utilizar a agência
nacional de contas públicas, nem a consulta ao INA para admissão de pessoal não
docente”, assegurando que “sentiremos ainda mais esse efeito com o lançamento
de um significativo conjunto de concursos para pessoal não docente ao abrigo da
lei geral do trabalho”.

Segundo
este, 2016 foi também o ano de conclusão de vários investimentos, nomeadamente
a entrada em funcionamento da Biblioteca de Azurém, a entrada da UMinho no
ranking de Xangai, houve um robustecimento da situação financeira da UMinho,
entre muitas outras coisas.

Numa
chamada de atenção à Escola, o reitor frisou que esta “deve assegurar a sua
diferenciação na qualidade da sua investigação”, realçando que a EEUM “deve,
tem de ser internacional, é a partir de um conhecimento internacional que
conseguimos atrair talento, mesmo o local, ao nível dos diferentes graus de
ensino”. Referindo ainda que a investigação da Escola “tem de ser mais forte”,
devendo existir uma maior “articulação entre o ensino e a investigação”.

Terminando,
António Cunha transmitiu ainda que a EEUM deve pensar numa “racionalização e
modernização da sua estrutura departamental”, propondo a criação de mais uma
unidade orgânica de investigação saída do grupo 3B’s, bem como uma concentração
departamental que envolvesse apenas quatro departamentos: Tecnologias de
Informação, Comunicações e Eletrónica; Engenharia Biológica e Biomédica;
Materiais e Tecnologias de Fabrico; e Engenharia Civil e Construção, alterações
que disse serem importantes, mas “o maior desafio da Escola de Engenharia é o
de ser um espaço vibrante, atrativo, envolvente, mesmo sedutor para os seus
estudantes” afirmou.

Após
a sessão solene, teve lugar o debate “Escola – Região”, com moderação
do presidente do Conselho de Escola de Engenharia, Luís Amaral, sendo os
principais intervenientes, os presidentes das Câmaras Municipais de Braga e
Guimarães, o presidente da Associação Industrial do Minho (AIMinho) e o diretor
da Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico do Cávado e Ave
(IPCA).

Indo
de encontro ao que havia sido transmitido por António Cunha e por João
Monteiro, também Domingos Bragança e Ricardo Rio sublinharam o facto da UMinho
e da Escola de Engenharia serem “agentes de mobilização da região”, referindo
que a UMinho também tem beneficiado muito pelo facto de estar implantada em
duas “cidades referência” do país. Frisando o presidente da Câmara de Guimarães
que “ganhamos todos mais quanto mais afirmação internacional distintiva a
UMinho conquistar, porque isso faz o mundo olhar para este território como um
espaço atrativo para investir” disse.

O
presidente da Câmara de Braga destacou que “A modernização, a abertura e
rejuvenescimento desta região deve muito à UMinho”.

Em
jeito de conclusão, ficaram patentes as ideias de que a UMinho faz bem à região
e a região, as duas cidades que a acolhem, são uma mais valia para a
Universidade.

 

Texto: Ana
Marques 

Fotografia: Nuno Gonçalves


(Pub. Jan/2017)

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