Publicado em Deixe um comentário

“Uma Escola a Reinventar o Futuro”


  

Sob o tema “Uma Escola a Reinventar o Futuro”, as comemorações da Semana da EEUM decorreram entre os dias 24 e 27, com vários eventos e atividades que procuram evidenciar uma Escola de Engenharia de excelência e, uma Escola para a Sociedade promovendo a melhoria da qualidade de vida das populações.

 

Pertenceu ao presidente da EEUM a abertura da Sessão Solene com a apresentação da Escola. Paulo Pereira falou do Plano Estratégico da Escola, referindo que esta “procura evidenciar uma Escola de Engenharia de excelência, com projetos diferenciadores, assumindo a internacionalização, a investigação e a oferta de um ensino de qualidade como fatores chave para atingir o seu objetivo último: Uma Escola para a Sociedade, indispensável na promoção da Qualidade de Vida. Algumas das ações estratégicas adotadas no Plano Estratégico encontram-se já em desenvolvimento, pelo que a EEUM caminha de forma sustentada para a prossecução dos objetivos definidos pela Agenda 2020” afirmou.


O presidente da EEUM pronunciou-se ainda sobre o contexto atual do país afirmando que “mesmo no contexto global desfavorável a EEUM não baixará os braços e reinventará o futuro”.

Carlos Oliveira focou a sua intervenção na “Inovação” e no “empreendedorismo”. Para o secretário de Estado, o país tem feito um grande investimento em investigação e desenvolvimento, mas o impacto económico deste não se tem visto, sendo necessário alterações “o investimento tem de ser eficiente, o que passa pela ligação entre as empresas e as universidades para que criem produtos inovadores e os dirijam principalmente ao mercado externo” afirma.

 

Carlos Oliveira referiu ainda que é em situações de crise que surgem muitas vezes as melhores oportunidades, “os estudantes devem ser estimulados para o empreendedorismo, as Universidades devem equipá-los com competências para poderem optar entre serem assalariados ou criarem o seu e outros empregos. O processo de empreendedorismo deve ser regra nas Universidades” disse.



 

António Cunha, que já foi presidente da EEUM, foi nesse papel que deu alguns conselhos à Escola, referindo que “a Engenharia tem que se reinventar todos os dias, naquilo que são e terão de continuar a ser as dimensões de uma Escola de Engenharia, que são as dimensões: Ensino, Investigação e Interação com a Sociedade”. Para o reitor “a Escola deve querer ser um ator de desenvolvimento, que contribua para o desenvolvimento da sociedade” declarou. 

Com uma competição muito forte nesta área, a nível nacional e internacional, António Cunha afirmou que “a universidade e a engenharia só se poderão afirmar pela qualidade. Uma qualidade integrada num plano estratégico que permita uma afirmação diferenciada”. Mas o reitor advertiu ainda que a Universidade não se pode esquecer do seu papel social, por isso afirmou que “o desafio de reinventar a Engenharia diria que são os desafios: da relevância (tem de ser percecionada pela sociedade), da sustentabilidade e da socialização da Engenharia”.

 

Maria de Lurdes Rodrigues esteve nesta cerimónia devido ao seu estudo sobre a profissionalização dos engenheiros. Segundo esta, a Engenharia “é uma profissão cuja orientação é a resolução de problemas, isso deu-lhe uma sensibilidade para as pessoas e por isso ganharam a batalha com os arquitetos” afirma. Os engenheiros adaptam as soluções à realidade que encontram “o pragmatismo é uma marca muito profunda e boa da profissão” referiu. Para a ex-ministra “a dimensão social da engenharia é muito importante, é feita para as pessoas”, por isso os engenheiros têm de entender o que as pessoas e o futuro querem e precisam, é um trabalho cooperativo e transdisciplinar “é por aí que passa o reinventar” afirma.

 

Texto: Ana Marques
anac@sas.uminho.pt

Fotografia: Nuno Gonçalves
nunog@sas.uminho.pt

(Pub. Out/2011)

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *