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Primeira noite do Enterro com fraca adesão



Foi por volta das 23h que centenas de trajados velaram a Gata, saindo da estação de comboios para o Largo de Paço, onde as capas foram traçadas ao som das guitarras portuguesas que compuseram as Serenatas. Apesar da falta de silêncio que pautou esta atividade, “foi um momento emocionante para finalistas, futuros praxantes e caloiros”, corroborou Cristina Silva. A estudante do segundo ano que trajou pela primeira vez, mostrou-se descontente com o atraso do início das Serenatas, uma vez que queria assistir ao concerto do cantor português José Cid.


Apesar dos bilhetes da primeira noite das Monumentais Festas do Enterro da Gata serem os mais baratos de toda a semana, isso não foi suficiente para encher o Estádio Axa. “O recinto não estava muito apinhado, o que por um lado foi positivo pois era possível andar à vontade”, confessou Ana Cardoso, antiga aluna de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho (UM). A estudante, atualmente da Universidade Nova de Lisboa, afirmou que, apesar da falta de afluência, o espírito académico minhoto é incomparável: “Não sinto este sentimento de pertença e união estudantil em Lisboa”.

Também Luís Costa, mestrando na UM, comentou a fraca adesão da noite portuguesa. O aluno minhoto não se mostrou muito satisfeito com o espetáculo de José Cid: “Acho que ele podia ter cantado mais temas conhecidos pelos alunos. Uma festa académica não é o melhor local para divulgar um novo álbum”.

A falta de pessoas no recinto deveu-se, segundo Salomé Sousa, aluna do 3º ano do curso de Relações Internacionais, ao facto de hoje os finalistas terem a Imposição de Insígnias, tendo alguns de receber a família logo pela manhã: “O Sábado é um dia muito cansativo para nós… Juntando isso à atual crise, temos como resultado um Gatódromo fraquinho”.

A segunda noite do Enterro da Gata contará com a atuação da banda portuguesa Neurónios Abariados e dos já habituais Xutos e Pontapés. Esta noite espera-se casa cheia, começando por volta das 22h com a Azeituna, tuna de Ciências da Universidade do Minho, que aquecerá os ânimos para mais uma “monumental noite”.

 

Texto: Rita Vilaça


(Pub. Mai/2012)

 


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